Faça alguma coisa. Faça algo que me deixe com vontade de
nunca mais olhar na tua cara. Não me olha assim toda vez que sou atendida no
teu guichê de número par. Não me culpe por precisar olhar nos teus olhos toda
vez que tu fala comigo. Não pegue na minha mão se não se lembrará que fez isso
no outro dia.
Não preciso de muito para conseguir apagar o teu número da minha
agenda e esquecer que o cheiro que me faz virar o pescoço é o teu. Falta pouco,
mas ainda falta muito. Falta muito para eu poder estar no mesmo lugar que tu e
conseguir nem sequer ver quem está contigo. Mas falta pouco para eu te dizer
que não vai ser eu quem vai sentar ao teu lado. Não mais, não agora, quem sabe
outro dia, com outros sóis e com outras nuvens.
Eu queria ter saído dessa cidade - onde todos poucos sabem
da tua vida, mas são os primeiros a dizerem que tu está agindo errado – e ter
encontrado algo que me impedisse de lembrar que você existia.
Mas talvez fosse aquele bar, aquelas pessoas e aquela música
que, sem querer, fizeram com que a lembrança da tua presença me desse vontade
de tomar tequila e fazer amizade com dois caras. Talvez um dele fosse mais
esperto que você, talvez ele me olhasse de um jeito mais sincero que você, ou
talvez, esse mesmo cara por um momento quis comigo o que você durante um ano não
foi capaz de manifestar.
Ninguém aqui quer dizer que foi culpa tua não ter se apaixonado por mim da mesma forma que eu me apaixonei por ti, mas a questão é que nada aconteceu em vão. Foi a partir do momento em que tu pegou minha mão, acariciou o meu rosto e disse que gostava de mim. Foram poucos segundos que foderam com a coisa toda. Viu?
Queria mesmo é bater na tua porta, soltar o verbo e jogar todos os discos que me lembram você na tua cara. Mesmo sabendo que com isso corro o risco de ser amarrada pela tua cara de desentendimento e preocupação, como quem sabe muito bem o porquê daquilo, mas não quer que as coisas terminem dessa forma.
Ninguém aqui quer dizer que foi culpa tua não ter se apaixonado por mim da mesma forma que eu me apaixonei por ti, mas a questão é que nada aconteceu em vão. Foi a partir do momento em que tu pegou minha mão, acariciou o meu rosto e disse que gostava de mim. Foram poucos segundos que foderam com a coisa toda. Viu?
Queria mesmo é bater na tua porta, soltar o verbo e jogar todos os discos que me lembram você na tua cara. Mesmo sabendo que com isso corro o risco de ser amarrada pela tua cara de desentendimento e preocupação, como quem sabe muito bem o porquê daquilo, mas não quer que as coisas terminem dessa forma.
Tu não sabe decidir, e não sou em quem vai conseguir fazer
com que tu se torne outra pessoa da noite pro dia. É por isso que, te juro, não
vou mais segurar o sorriso e tremer quando entrego os papéis na tua mão. Vou
retirar outra senha quando eu for chamada para o teu guichê, vou mudar de rumo
quando me disserem que preciso ir ao teu encontro. Mudo de cidade, mudo de
vida, me mudo de ti. Mas, antes de tudo, faça alguma coisa para que eu tenha a
certeza de que, se eu fizer isso, você não irá mais me procurar apenas para
saber o que eu farei no fim de semana.
Melhor não responder
O que você quer me ouvir dizer?
Eu não sei e nem vou adivinhar
Afinal foi você quem me fez ficar
O que você quer me ouvir dizer?
Eu não sei e nem vou adivinhar
Afinal foi você quem me fez ficar
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