Ouviu um barulho incessante vindo da porta, eram duas da
madrugada e ela mal conseguia abrir os olhos. Sentou na cama, como que numa
fusão o-que-tá-acontecendo e vou-voltar-a-dormir, mas lembrou-se que a casa já
estava vazia há alguns dias por conta da ida dele. Já não existia mais aquela
história de esperar que ele sempre se assustasse com qualquer barulho e a
fizesse acordar no desespero pra no final descobrirem que o gato do vizinho
estava em conflito com o cachorro dele. Ficou mais alguns minutos na cama, até
que ouviu que seu celular começou a tocar, foi procurando entre tapas o celular
que estava em cima do criado-mudo até que leu: Alex chamando.
Esfregou os olhos mais de duas vezes e saltou da cama, mal se importou com a sua canela que ainda estava machucada por causa da queda de bicicleta ao tentar (bêbada) ir até a casa dele. Deu um grito agudo ao lembrar que a dor ainda persistia, e da porta pôde ouvir mais e mais batidas estridentes, que de certa forma já começavam a irritá-la.
_ Já estou indo, poxa! – entre palavras e gemidos de dor, ela se dirigia até a porta.
Demorou alguns segundos pra conseguir abrir, por conta da tremedeira, e ele entrou bruscamente na casa, com a respiração ofegante e um maço de cigarros na mão direita. Seus olhos estavam mais negros do que de costume, e a camiseta que ele vestia – presente dela - a fez sorrir por dentro, por alguns segundos.
_ O que foi? Veio aqui reforçar a ideia de que chegou a conclusão que não quer mais viver comigo? – disse ela, com certo riso sarcástico.
_ Na verdade, vim dizer que não vou mais embora.
Esfregou os olhos mais de duas vezes e saltou da cama, mal se importou com a sua canela que ainda estava machucada por causa da queda de bicicleta ao tentar (bêbada) ir até a casa dele. Deu um grito agudo ao lembrar que a dor ainda persistia, e da porta pôde ouvir mais e mais batidas estridentes, que de certa forma já começavam a irritá-la.
_ Já estou indo, poxa! – entre palavras e gemidos de dor, ela se dirigia até a porta.
Demorou alguns segundos pra conseguir abrir, por conta da tremedeira, e ele entrou bruscamente na casa, com a respiração ofegante e um maço de cigarros na mão direita. Seus olhos estavam mais negros do que de costume, e a camiseta que ele vestia – presente dela - a fez sorrir por dentro, por alguns segundos.
_ O que foi? Veio aqui reforçar a ideia de que chegou a conclusão que não quer mais viver comigo? – disse ela, com certo riso sarcástico.
_ Na verdade, vim dizer que não vou mais embora.
Essas palavras cortaram-na ao meio, sentia-se incapaz de
proferir uma palavra que fosse. Talvez aquele silêncio tivesse feito todo o
trabalho sozinho. Ele deu meia volta e foi até a cozinha resmungando que sabia
que o que ela sentia não era tudo o que parecia, que ela nunca soube decidir.
Ela sentou no sofá e permaneceu em silêncio, como quem de certa forma não tirava a razão dele, mas também queria ter o poder de decidir, de uma hora pra outra, se ainda queria dividir a mesma cama com ele.
_ As coisas foram acontecendo muito rápido, e logo que eu estava começando a pensar em aceitar tua proposta, você desistiu de tudo, você preferiu que nos distanciássemos, lembra? A verdade é que eu me apaixono todo dia, e só não completo essa frase do Renato Russo porque não sei se você é a pessoa certa ou não. – disse ela, atropelando as palavras e abaixando o tom cada vez mais.
Ela sentou no sofá e permaneceu em silêncio, como quem de certa forma não tirava a razão dele, mas também queria ter o poder de decidir, de uma hora pra outra, se ainda queria dividir a mesma cama com ele.
_ As coisas foram acontecendo muito rápido, e logo que eu estava começando a pensar em aceitar tua proposta, você desistiu de tudo, você preferiu que nos distanciássemos, lembra? A verdade é que eu me apaixono todo dia, e só não completo essa frase do Renato Russo porque não sei se você é a pessoa certa ou não. – disse ela, atropelando as palavras e abaixando o tom cada vez mais.
Depois disso, ele apareceu com um copo de água na sala e
sentou ao lado dela. Ficaram se olhando durante alguns segundos, até que ele
pegou a mão dela e disse que não estava brincando quando disse que queria que
ela fosse dele. Enquanto ouvia as coisas que ele dizia, ela se
questionava: “Mas será que eu quero, realmente, ser dele?”.
"Cause when you never see the light it's hard to know which one of us is caving.."
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