Não existe uma regra. Não há certo e errado quando falamos de sentimentos e de pessoas, e de pessoas e sentimentos. O único consenso existente é esse: tudo o que você falar e a maneira que você falar irão, a depender do teu objetivo, ou te prejudicar muito ou... Bom, na maioria das vezes vai te prejudicar muito, a não ser que você consiga constatar desde cedo que não está sentindo sozinho no barco em que se meteu. O que quero dizer é simples: não importa muito o que você sente, mas sim onde você quer chegar com esse sentimento. Se você quer um relacionamento, é razoável que deixe claro desde o início, mesmo correndo o risco de ver o outro pela última vez; se você não quer um relacionamento, acredito que é mais razoável ainda que você deixe isso claro desde o início. Agora, se você sabe que não quer nada mas tem medo de acabar se apaixonando, o que você faz?
Você larga a bomba no colo da pessoa como quem diz "agora vamos ver do que você é capaz", ou você simplesmente escolhe começar a olhá-lo por mais de 5 segundos sem dizer nada? Você fala, na lata, que tem medo e que não sabe muito bem o que fazer, ou você finge o tempo todo que tem pleno controle de seus sentimentos e até desdenha qualquer manifestação carinhosa?
Nesse jogo idiota, o que deve vencer, afinal? O orgulho ou a honestidade? Pior, até que ponto a honestidade nos ajuda quando a gente está tratando do sentimento das pessoas?
E então quando você vê está nos braços daquele cara, falando amenidades e degustando tua cerveja favorita, e aí? Você evita ficar passando a ponta dos dedos no rosto dele ou você vira pra frente e responde friamente a cada pergunta feita?
Qual é a sua carta na manga quando nem mesmo você sabe se está preparada pro acaso?
Como diria Gabito Nunes: "eu é que tenho mania de - uns chamam de dom, outros de doença psíquica, e eu gosto de conceber isso como um estilo de vida - romancear tudo."
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